O caminho percorrido pelos pais até ao diagnóstico de autismo pode ser realmente doloroso. No entanto, depois da chegada do “rótulo”, que pai nenhum espera receber, para muitos a jornada não se torna mais fácil.

Após o diagnóstico, surge a necessidade de procurar o melhor tratamento possível com vista a minimizar os danos daquele nome que teima em deixar marcas no desenvolvimento.

Assim, os pais são confrontados com diferentes abordagens e metodologias que visam alterar os comportamentos que se consideram mais desajustados, dando lugar a uma resposta mais adaptada ao meio.

Uma das abordagens que mais resultados tem apresentado nos últimos anos é a desenvolvida pelo Dr. Stanley Greenspan, o modelo DIR/Floortime.

Este modelo tem o seu grande foco na ligação emocional das crianças autistas e não no seu comportamento, promovendo o seu desenvolvimento global. Isto porque, os défices sociais e relacionais são considerados como a questão central das crianças com Perturbações do Espectro Autista (Autismo desde o mais leve ao mais severo e Síndrome de Asperger), o que as limita nos seus relacionamentos sociais mais complexos e prejudica o pensamento abstrato.

O modelo DIR/Floortime é uma abordagem completamente orientada para as crianças, que consiste em seguir a liderança da criança, utilizando quaisquer brinquedos ou objetos que sejam do seu interesse.

Por exemplo, se uma criança estiver a girar as rodas de algum carro de brincar, o adulto poderá ficar no chão ao lado dele e girar as rodas de carros também. O objetivo desta atividade é captar o interesse e o olhar da criança e assim compartilhar o seu prazer ou a sua frustração.

O modelo baseia-se no princípio de que passar tempo com a criança e entrar no seu mundo proporciona oportunidades de ligação emocionais, portanto, de relacionamentos sociais cada vez mais complexos.

Adicionalmente, como o foco do modelo é no desenvolvimento global da criança, são abordadas todas as áreas desenvolvimentais, incluindo o funcionamento motor, sensorial, comunicativo, emocional, cognitivo e linguístico.

Os resultados indicam que o modelo DIR/Floortime pode proporcionar ganhos significativos nas crianças com autismo a um custo muito menor do que as abordagens comportamentais. Para além disso, pode ser administrado pelos pais e requer menos horas de terapia para ser eficaz.

Venha conhecer a equipa CERmudança, que o irá ajudar a encarar o diagnóstico de autismo de outra forma.