De que falamos quando falamos em Reabilitação de Crianças com Necessidades Especiais?

O conceito “Reabilitar” compreende:

  • Diagnóstico;

  • Intervenção (que deve ser o mais precoce possível);

  • Uso adequado dos recursos (humanos e tecnológicos);

  • Compensação da perda da funcionalidade;

  • Melhoria ou manutenção da qualidade de vida;

  • Inclusão social;

  • Apoio aos cuidadores.

Um programa de reabilitação neurológica deve abranger tanto os aspetos técnicos como os aspetos emocionais e sociais da criança, salvaguardando que esta tem o direito de fazer escolhas e de ser, não apenas uma personagem, mas o autor da sua própria história.

As crianças com necessidades especiais, ou seja, que necessitam de medidas educação inclusiva, são aquelas que apresentam alterações de natureza neurológica, sensorial ou motora, apresentando dificuldades que limitam a sua participação e o seu desempenho nas atividades de vida diária (AVD), o que as pode tornar pouco funcionais e dependentes de cuidados específicos. Englobam-se neste grupo crianças com autismo, paralisia cerebral, surdez, doenças metabólicas, perturbação da hiperatividade com ou sem défice de atenção, perturbação do desenvolvimento intelectual, atraso global do desenvolvimento, perturbação da comunicação e linguagem.

Estas limitações conferem a estas crianças capacidades específicas em cada área do desenvolvimento criando uma necessidade também especifica no que se refere aos apoios de que necessita.

Por este motivo, os programas de reabilitação devem ser direcionados para as necessidades de cada criança, procurando seguir as etapas do desenvolvimento típico, mas sempre promovendo o seu melhor desempenho em atividades funcionais.

Mas o programa de reabilitação não deve estar circunscrito aos apoios necessários, devendo também considerar as orientações aos cuidadores e o suporte familiar necessário, pois a família tem um papel decisivo no processo de reabilitação.

Assim, da equipa multidisciplinar devem fazer parte os profissionais de várias áreas, como neurologista, fisiatra, pedopsiquiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, neuropsicólogo, psicólogo, nutricionista, e os cuidadores que são simplesmente quem melhor conhece a criança com quem vamos intervir.

Na CERmudança seguimos uma abordagem transdisciplinar, na qual os pais/cuidadores são considerados como parte integrante da tomada de decisão e de todo o processo de reabilitação.

Venha conhecer a nossa equipa e trabalhar lado a lado connosco para a promoção da funcionalidade da sua criança.